Dia 15 de janeiro:
Sai com a Laís pra tomar o café da manhã no próprio hostel.
Voltei e passei pela recepção pra deixar umas roupas pra lavar, e eles ficaram de me entregar no dia seguinta às 8hrs, acreditei e deixei as roupas lá, já que sairia cedo no dia seguinte a Nazca, e saimos pra andar pelas dunas.
Fomos andar ao redor da lagoa, parando nas lojinhas, e no caminho um homem nos ofereceu o aluguel de pranchas para descer nas dunas por 20soles duas pra ficar o dia todo. Ficamos la 'pechinchando' e ele fez as duas por S/10. Ele deu umas dicas de como descer, passar a vela na parte de baixo da prancha pra deslizar melhor na areia, e pegamos nossas pranchas e fomos subir as dunas. Como eu tava de chinelo e a areia tava extremamente quente, voltei no hostel peguei um tênis e voltei. Subimos pela areia e começamos a descer e levar tombos, tava muito engraçado, sempre pra parar a gente caia, só que cansava muito, demorava 2min pra subir e 10seg pra descer, naquele sol, acabou que brincamos com isso uns 20min e já devolvemos a prancha.
Fomos subir de novo pelas dunas pra ter uma visão do oásis do alto. É incrível a vista, lugar muito bonito mesmo!
Subi quase o máximo que dava, mas andar pelo deserto não rende, sentei lá em cima, fiquei vendo a paisagem, descansei e desci.
No caminho tinha uma mulher enterrada na areia, sozinha só com um pano tampando a cabeça, a Laís nem um pouco curiosa foi lá nela querer saber que que ela tava fazendo ali, naquela areia quente, fervendo, e a mulher lá, não dava pra pisar descalço quanto mais se enterrar. Ela disse que vinha de mais longe, que se enterrar ali, faz muito bem para os ossos, que ela tava com dor nos ossos, e sempre que faz aquilo melhora. Matamos nossa curiosidade.
Voltando com a Laís pro hostel, tinha uma família sentado na grama e uma motoquinha parada, a gente pediu eles pra tirar fotos lá dentro, tiramos e tinha um bebe com eles, a Laís ficou brincando um pouquinho, saimos e passando em frente ao outro hostel onde conheci o pessoal eles me pararam, e começamos a conversar de novo, eles falando pra Laís, "Ele tava preocupado ontem, você nunca que chegava", ela riu, e disse que foi demorado mesmo, até que no meio da conversa chegou um hóspede francês, mal imaginava a gente, que acabariamos de fazer a maior amizade da viagem. Ele entrou na conversa, só que falando em inglês, quando ele vinha no nosso caminho, achei ate engraçado aquele cara, com um short curto floral, uma camisa de manga comprida .O funcionário do hostel, chamou a gente pra mudar pra lá, que custava S/30 e era em quarto indivídual, tinha piscina e saída pra lagoa e um barzinho. O mesmo preço que a gente tava pagando no outro dividindo o quarto com 10 pessoas. Como o dia se encerraria meio dia, voltamos pra aproveitar o resto do dia no hostel.
Passamos na recepção, e fomos pagar nossa estadia, e perguntamos se poderiamos ficar lá dentro usando os serviços sem ter que pagar outra diaria. A moça disse que sim, que só tinhamos que tirar nossas mochilas do quarto. Pegamos ela e colocamos num quartinho que tem ao lado da recepção. E fomos almoçar no hostel.
Como o cardápio deles não da pra entender muito bem o que vem na comida, a gente escolhia apartir das figuras dos pratos. A que agradasse mais a gente escolhia. Enquanto a comida não chegava pedimos uma limonada, e ali de frente pra piscina sentados ficamos tomando uma limonada. A comida chegou, confesso que tinha uns molhos estranhos, mas teve bom. Fomos trocar de roupa e nadar um pouco, ficamos até umas 15:00hrs na piscina, a Laís ainda consegue perder um anel dentro da água, e a gente teve que ficar lá procurando até achar . Engraçado que tinha umas 5 mulheres, com um cara americano. A Laís só falando, "Allan, aquele cara é viado", e as mulheres tudo paparicando ele, uma delas falava numa altura, e parecia que só sabia falar "Really?!", o tempo todo só falava aquilo, me pareceu venezuelana elas. Saimos da piscina e fui tomar um banho, feito isso, pegamos nossas mochilas e saimos de mudança pro outro lado da rua.
Chegando no Hospedaje del Barco, subimos pro quarto e logo descemos, fui ver qual o horário do passeio de buggy e sandboarding, custava S/45 e saia às 16:30h, já tava quase no horário, fiquei por ali mesmo esperando, a Laís não quis ir, achou muito radical, tinha mais 3 alemãs que iam também, conversamos um pouco com elas, uma delas era muito, mas muito bonita.. De repente, escuto um barulhão de motor chegando no hostel, pensei comigo mesmo, "Meu Deus, que passeio vai ser esse", o cara disse que podiamos entrar no buggy, deixei minhas coisas com a Laís, levei só a camera e o celular no bolso, mal sabia eu a raiva que passaria. Sentei na última fileira, ao lados de uns americanos, coloquei o cinto, peguei um óculos, e o buggy saiu, fazendo um barulho ensurdecedor, virou a esquina numa velocidade que achei que ia capotar, passou por uma entrada por trás das lojinhas que tem a estrada com e
ntrada na dunas. Tinha que pagar mais S/1, e eu não tinha nada de dinheiro, pedi emprestado pro americano do meu lado, nem achei ele no hostel pra pagar, ficou por isso mesmo.
Começou o buggy pelas dunas, no começo nada muito radical, depois que entramos completamente pelo deserto, ele começa a subir umas dunas que da impressão que vai virar pra trás, no meio da subida ele faz uma curva e desce de uma vez, sinceramente, não sei mesmo como esses buggys não capotam .
Indo cada vez mais pelo deserto, a paisagem é fodástica, subindo e descendo, ou melhor só se sacudindo, ainda bem que tem um cinto, se não ia voar do carro pra fora. Ai tivemos uma primeira parada pelas dunas pra descer de sandboarding. Tá.. parou ao lado de outros buggys e no alto de uma duna enorme. Cada um pegou sua prancha, e alguns começaram a descer, fiquei só olhando pra ver se pegava coragem, o negócio não tem segurança algum, você simplismente deita em cima da prancha, abre as pernas, crava os pés na areaia pra freiar e desce, de cara pra areia, numa velocidade e numa altura sem comparação. Chegou a vez do meu grupo descer, os americanos foi primeiro, eles já sabiam esquiar e desceram até em pé em cima da prancha, curtindo lá.. As alemãs não tavam com muita coragem, até que chegou minha vez, fiquei um tempão conversando com o guia pra saber se não machucava e tal, ele disse que não, deitei e fui. Até que nem vem areia na cara, mas no meus bolsos.. Cheguei lá em baixo, andei um pouco e mais dunas pra descer, são quatro no total.
Só que.. eu pensei que o guia ia descer e empurrar a gente toda vez né, pra descer com mais segurança e tal. Só que o guia ficou lá em cima, ou seja, se vira Allan. Fiquei os outros descendo, voltar não tinha como, não tem como subir aquelas dunas, só tinha como descer mesmo, com muito custo deitei e fiquei olhando pra baixo, deixei a metade da prancha no ar, no pico da duna, e a outra medade na areia, me empurrei com os pés e desci de uma vez. Menos uma.. e as dunas só iam aumentando, e eu limpando os bolsos quando cuegava aos pés dela, sem nem reparar muito na camera nem no meu celular. Foi assim até a última. Ai que fui perceber o estrago que tinha feito na camera e celular, entrou areia em tudo. Arranhou a tela do celular e camera toda. A camera não queria mais ligar, aquele tubo pra fora que sai quando liga a camera não saia. Pronto.. perdi uma camera. Meu celular ainda funcionava. Voltei pro buggy e continuamos a andar pelo deserto..deserto.. mais uma parada, e descer em mais quatro dunas. Dessa vez bem maiores que as outra, a primeira era muito alta. Dessa vez, quase não fui, mas no fim acabei indo. A alemã foi na minha frente, e levou um capote, saiu rolando pela areia
.
Desci normal, parece até uma avalanche de areia, elas vão caindo tudo junto com a prancha.
A última duna pra variar gigantesca, e ainda tinha em belorizontina lá, criando coragem pra ir, conversei com ela um pouco, e fui descer, e subir pro buggy que estava bem longe. Ainda levei um tombo no caminho, perdeua até a graça o passeio, perdi a camera, passeio aperto o tempo todo . Tenho areia na mochila, dentro do celular até hoje
. Na volta, teve uma parada pra ver o pôr do sol, fantástico!!!
Voltei pro hostel, e fui tomar um banho, que tava areia pura. Falei com a Laís pra tentar consertar a camera, quando voltei, ta a camera toda desmontada em cima da cama. Mesmo assim não teve jeito. Tava na terceira cidade da viagem, ainda faltavam cinco e já sem camera. Dai pra frente fui usando só o celular, que tem uma camera boa e a da Laís. Tomamos um banho, o francês tava do lado de fora sentado, fomos la conversar e combinamos de sair naquela noite. Arrumamos e saimos pra andar por lá. A Laís já tinha me falado que tava afim dele. Descemos,paramos no bar de frente pra lagoa. Nem lembro se comemos alguma coisa ali, sei que assinei meu nome na parede, e saimos pra outro, do outro lado da lagoa. Pedimos uma Cusquenã. Ficamos até um pouco mais de meia noite naquele bar e rodando pela lagoa, tava sem luz nos postes. E combinamos de ir pra uma boate que tem no Hostel Casa de Arena, é o que bomba lá. Só que eu tava morto de cansaço, não tava aguentando de sono e não dei conta, foi só a Laís e o Emilie, fui dormir. A Laís foi chegar era umas 4hrs da manhã. Nem vi nada.