Dia 02

Dia 17 de janeiro:

Acordamos cedo, e saimos para dar uma volta pela cidade, ver o movimento durante a semana.
Pelo caminho passamos por umas feiras livres, muitas fruta, uns milhos diferente, milho roxo, batatas, nada muito higiênico, mas é o que eles tem. Carne então, nem se fala.. Fora do congelador, tudo em cima de balcões, frangos expostos sem qualquer preocupação com contaminação.



Como já estava na rua, e anda não havia tomado café da manhã, parei em um restaurante que oferecia "desayuno". Pedi um "Desayuno Americano", enquanto esperava, fiquei reparando as mesas ao lado, e fiquei impressionado o que o povo lá come de manhã. Eram pratos de comidas mesmo, com arroz, frango, batata.. e eles devorando como se fosse um almoço, mas era apenas um café da manhã, nunca tinha visto nada igual. Assim que acabei de comer, eu e Laís, saimos pra continuar andando pelo centro. Paramos um tempo na praça, depois passamos por outras feiras, fizemos umas compras nas lojinhas. E no caminho uma loja nos chamou a atenção, com uma propaganda que ali fazia ligações internacionais, que até então só falamos com a família pela internet, e ficamos surpresos quando achamos esse lugar, que vende um cartão telefônico, da tefefônica, que custa muito pouco, coisa de 3, 5, 10 soles, que podem usar por minutos até horas, depende do valor do cartão. Ai testamos, liguei pra minha casa, e ninguem atendeu, resolvi ligar pro celular do meu pai, e ninguem atendeu, resolvi ligar para o bar do meu avô, meu avô atendeu, conversei um tempo, e perguntei se minha mãe estava lá, ele disse que não, mas pedi pra falar que estava tudo bem, a viagem estava dando tudo certo, que logo mais ligaria novamente.Descobrir esse cartão foi muito útil para o resto da viagem, sempre ligava pra eles com esse cartão, uma boa dica para os viajantes. Ele vem com um código no verso que você raspa, liga um número antes, e digita o código, mais 55 código Brasil, mais o DDD e o telefone. Meio trabalhoso mas vale muito a pena.

Voltando pro Hostel, no caminho paramos numa barraquinha pra fazer mais umas comprinhas de lembrancinhas, comprei uma camisa.. e só lembro da Laís, que olhou..olhou, e disse que logo mais voltaria pra buscar, que podia deixar reservado, que nada, nunca mais voltou . Só lembro da Laís no caminho me falando: "Ela que não conhece essa técnica dos brasileiros", acabou que a minha camisa ficou curta, voltei lá, e troquei por um tamanho maior, e a moça me perguntando, cade minha amiga, que disse que voltaria e não voltou, ai falei que logo mais ela iria lá.

Antes do almoço, saiu eu, Laís e Emilien, para um museu María Reiche, que era famoso na cidade, andamos..andamos.. pra chegar lá, o lugar nunca mais que chegava, depois de um tempão andando chegamos lá. Na entrada a mulher disse, 30 soles pra entrar. Ficou um olhando pra cara do outro, pensando" E ai?!, 30 soles?! Entramos ou não?!", acabou que achamos caro, e voltamos, caminhar aquela estrada de chão toda de novo..

 Voltamos, almoçamos no Hostel, e fomos pra garagem da Soyuz, que queriamos ir conhecer as linhas de Nazca, como o sobrevoo era muito caro, 130 dólares, vamos pela maneira mais fácil e barata né, só dava para ver duas figuras, pelo menos dava pra ver alguma coisa. Sem contar que o sobrevoo a maioria das pessoas passavam mal, enjoo..
Compramos a passagem, S/2,00, e saíria às 13:00hrs. Quando entramos no ônibus, falamos com o motorista que iriamos descer no mirante das Linhas de Nazca, ele disse que nos chamaria quando chegasse.
No caminho, reta e mais reta, tudo deserto, e engraçado que tinha uns redemoinhos pelo deserto, na verdade vários, sempre conseguia ver um ao fundo. Até que do nada, no meio da Panamericana, o ônibus parou, e descemos.
Tinha ali um mirante metálico, que na entrada tinha umas duas pessoas, vendendo uns chaveiros de pedras , com desenho das linhas, que na volta comprei dois. E esse pessoal, disse que custaria S/2,00 para subir, pagamos e começamos a subir, e bem ao lado da estrutura tinha as figuras, muito legal, somente do alto da pra ver elas, do lado esquerdo "las manos" e do lado direito "el árbol", muito misterioso aquelas figuras, como elas poderiam ter sido feitas, elas são enormes, cercadas, não pode chegar perto... Ficamos um tempo olhando, só a gente lá em cima, e depois chegou uma japonesa com uma guia, que acabamos pescando umas informações.. Descemos, e o vendedor nos falando, que qualquer rastro que fizermos ali, naquele chão de cascalho do deserto, ficaria para sempre se ninguem mexer.
Voltamos pra beira da estrada, pra pegar o primeiro ônibus que passasse no sentido Nazca.
De volta a cidade, fomos comprar nossas passagens para Arequipa, que ficava nada mais nada menos que uns 700km de distância, pegamos o melhor ônibus, melhor poltrona, e mal sabia eu o mal que passaria depois..

Compramos os bilhetes pela empresa Cruz del Sur, sairia às 22:00hrs, e custou S/ 103, nem foi tão caro, pelo distância e por ser o mais confortável. As passagens de ônibus no Perú é muito barato, assim como outras coisas.
Como não podiamos entrar nos quartos do Hostel, pra não pagar outra diária, ficamos andando pelo jardim, restaurante, pra passar o tempo, até chegar 22hrs, tomei um banho, e sai pra pegar o ônibus.
Ficamos no primeiro andar do ônibus, só tinham 9 cadeiras,nunca vi poltronas tão confortáveis num ônibus, fantástico..
Mas antes de sair da cidade, já deu problema, porque tinha um bêbado pelo que eu entendi no segundo andar, depois de uns 10min, alguem começou a brigar com ele lá em cima, e o ônibus parou, e desceu aquele monte de gente na calçada, até então eu não estava entendendo o que tava acontecendo, a gente tava pensando que era assalto. Ai.. desceu o bêbado, mais aquele monte de gente, e começou a bater no cara, rolando briga lá fora, e a gente só na nossa "salinha" lá, com a porta fechada, ar ligado..
Ai no final, fomos descobrir essa história do "bêbado".. Continuamos a viagem tranquilo, mais uns 10min, chegou uma mulher, com o lanche, até lanche tinha, se eu soubesse o mal que me faria, nem tinha comido. Tá.. mas tava com uma fome, que só comi, era um sanduíche, com azeitonas pretas, e maionese eu acho.. NUNCA mais comi azeitonas pretas, fiquei com trauma. rs
Lanchei normalmente, dormi.. continuação Arequipa