Paracas
Impressões gerais: Paracas preserva sua fauna de maneira a não prejudicar os animais. Pude ver isso com os passeios, onde os limites são respeitados, em preservação deles. Foi surpreendente poder conhecer as Islas Ballestas, nunca tinha visto aqueles animais em seu habitat natural, a quantidade de aves é algo jamais visto. Vou levar pra sempre as lembranças daquele lugar, foram momentos inesquecíveis. A Reserva, tem mais paisagens naturais a oferecer sem fauna, apenas deserto e mar, com suas vistas fascinantes.
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Dia 13 de janeiro:
Lecantei cedo, um dos dias mais esperados, conhecer Isla Ballestas.
Desci pra tomar café, enquanto não ficava pronto, ao meu lado senta uma família. Eu destraido com a paisagem, o lugar onde toma o "desayuno" é toda toda cercada por vidros, e tem uma visão pro mar. Ai a mulher da mesa ao lado me chama e pergunta de onde sou, dai vi que eram brasileiros e comecei a conversar com eles. Eram uma família de Brasília que estavam voltando dos EUA e pararam no Peru para conhecer. Tinha umas sete pessoas, um era cadeirante. O pai deles, ficou curioso em saber como descobri aquele lugar, pois não é um destino muito conhecido, ai falei dos mochileiros e tal. Era a terceira vez que eles voltavam ali. Acabei meu lanche e sobi pra arrumar pro passeio. Fany bateu no quarto e disse que o guia já estava lá fora esperando, desci entrei na van e fui. Dentro da van tinha um cara muito gordo, mas muito mesmo rs, que era o que controlava as pessoas, sempre com um nextel os guias se comunicavam entre si. No caminho, passamos por umas fábricas, tentei ver o que aquelas fábricas faziam, se eu não li errado era óleo de peixe, alguma coisa assim, o lugar tem um cheio que eu nunca vou esquecer de tão ruim. Aquilo me deu um enjo, que eu quase vomitei ali dentro da van xD. Nunca vou esquecer daquela reta sem fim. Chegamos em Paracas, descemos e o "gordo" marcou às 11hrs ali no mesmo lugar, pra irmos a Reserva Nacional de Paracas. Nisso, outro guia chega e nos leva as Islas.
Achei estranho a quantidade de guias que a gente passava pra passear com a gente, e não sei como eles te conhecem, eles ja viram e te chamam pelo nome do Hostel, sem nem nunca ter me visto na vida. Lá me lembrei até desses videos das pessoas entrando nos EUA pelo México com os coiotes. São tantos guias, e eles ficam brigando no nextel um com os outros, que eu tava me sentindo um foragido ali, parecendo que tava acontecendo alguma coisa.
Entramos numa fila pra comprar o ingresso pra entrar na lancha, acho que custou S/5.
Depois pegamos outra fila pra entrar na lancha. Sentei lá no último pra ter uma vista melhor, mas como tinha um sozinho lá na frente, e eu tava sozinho, pediram pra sentar com ele. Sem problemas, sentei lá. Fui conversando com o cara que tava do meu lado, ele era noruegues se não me engano.
A primeira famosa vista que tive, foi olhar pra esquerda e ver o "El Candelabro", uma figura enigmática, de séculos passados, onde não se sabe sua finalidade, como surgiu. A lancha parou ali, tirei umas fotos, e seguiu rumo as ilhas. No caminho, várias aves passavam por cima da gente, nunca tinha visto nada igual. Enfileiradas, em grupos, elas passavam de maneira espetacular. Avistamos as Islas, já havia visto umas fotos dela, e ao vivo era de arrepiar. Aqueles montes de pássaros e pelicanos a primeira vista. A lancha parou para fotos, e o guia deu uma explicação sobre o lugar. Continuamos rodando as ilhas, e um lugar tipo um arco, com vários leões marinhos, uma paisagem surreal, a lancha parou ali, e aquele barulho que os leões marinhos faziam. Vontade de passar ali o resto do dia rsrs. Seguimos rodando as ilhas, e apareceram os pinguins, lá tem dois tipos de pinguins, o guia explicou. Fotos e mais fotos. E milhares de aves voando sobre a gente, e o guia falando pra tomar cuidado pra não ser atingido, poi
s é um bombardeio que cai do alto
. Já imaginei, com a sorte que eu tenho, alguma coisa me acertando, mas não caiu nada em mim rsrs.
Seguimos, rodando as ilhas, e chegamos numa praia exclusiva dos leões marinhos, dezenas deles deitados lá, e um mais brincalhão seguindo a nossa lanhca e pulando la do meu lado. Depois de mais ou menos 1hr de passeio pelas ilhas voltamos. Um tempo livre pra fazer compras, lanchar, comprar água.
Fui numa lojinha comprei uma camisa de Paracas e um chapéu. E vi uma menina vendendo uma coisa tipo sorvete na rua, parei pra ver o que era, perguntei ela, era um potinho, com raspas de gelo e um creme que você escolhia pra jogar por cima. Mas eu esqueci o nome desse negócio, acho que isso é típico de lá, porque nunca tinha visto nada igual. Ai comprei um, tinha varios recheios, ai pedi ela pra escolher o melhor la, ela colocou dois, um vermelho, deve ser de morango rs e outro de leite condensado. Andando lá, passou um cara com a camisa do cruzeiro, mexi com ele lá, conversei um pouco e sai pra conhecer as lojinhas até dar 11hrs.
Voltei pra van, e cheguei cedo, só tinha voltado eu e fui conversar com o "gordo", e ele falando em espanhol, e eu no portunhol rs, ele me perguntou de onde era, eu falei Brasil, ele disse que já morou no Brasil e fala português também, ai conversamos em português, ele me perguntando se conhecia Belo Horizonte, ai falei que coincidência, eu moro em Belo Horizonte. Ele começou a falar que formou em turismo na UFMG, casou com uma capixaba, e voltou pro Perú pra trabalhar com o túrismo de la. Ficamos um tempo conversando, depois chegou todo mundo e saimos pra Reserva Nacional de Paracas.
Paramos na entrada da Reserva, e pra entrar mais 5 soles.
A primeira parada foi no meio da estrada Panamericana( ac
ho que é essa mesmo rs) pra ver umas coisas históricas encontradas ali no deserto, são várias vans que vão pro mesmo lugar, e cada grupo vai revesando.
Ai ficamos ali no meio do deserto, vendo uns fósseis, ele dava uma explicação, passava um pincel por cima dos lugares pra mostrar, todo mundo ali prestando atenção, mas eu não achei graça não rs. Ai na hora de sair, ele ia lá jogava uma poerinha por cima, pro próximo guia ir lá, e limpar o lugar e mostrar os fósseis e assim sucessivamente. Ai ele falou, camos caminhar até o litoral ali, pra ter uma vista do mar e tal.. Ai eu pensei, nossa, andar esse tanto no meio do deserto.. Fomos lá, mas não imaginava que tinha tamanha beleza bem ali, eles chamam o lugar de "Catedral', lugar perfeito. Pena ter sido danificada por um terremoto em 2007, onde uma parte dela caiu. Mesmo assim, é incrível o lugar. Voltei pra van, e fui conversando com o cara do meu lado que dessa vez era da Inglaterra, ele me contando que já tava viajando por 3 meses na América do Sul, que já passou por outros países, e tava no Perú, perguntei se ia visitar o Brasil, disse que ainda não sabia por ser um país caro. Paramos em um outro lugar, pra ver o mar, fui conversando com esse inglês. Mas num outro grupo tinha uma alemã, que também tava sozinha, desde a outra parada já tava querendo conversar com ela pra ter uma companhia hahaha . Mas ainda não foi d
essa vez.
Próxima parada pro almoço e pra quem quiser nadar.Desi da van, e escutei um casal de brasileiros do meu lado, e eu tava sem conhecer ninguem, fui conversar com eles. Eles super simpáticos, chamou pra andar com eles, a mulher era paulista mas ele era peruano. Perguntei se eles iam almoçar, falaram que não, porque é caro as coisas ali e tal, dai fomos subir numa montanha de areai pra ter uma visão do alto. Dai começamos a subir, e lá no alto advinha que encontro? rsrs A alemã, bem sozinha, ai despistadamente fomos pro lado dela, e eu tava tirando minhas fotos sozinho, dai tirei uma perto dela, ai ela me perguntou se precisava de ajuda pra tirar as fotos, e falei que sim kkkk, e comecei a conversar com ela. Ela super gente boa, começou a andar nós 4, ela me contando que já estava a 9 meses na America do Sul, só na base do couchsurfing, peguei os contatos dela, e não sei porque não consigo encontrar ela!! Acho que ela me deu um golpe rs..
Sentamos lá em cima, e ventava muito, e ela parou pra lanchar e sentou nós três sem nada pra comer com ela rs
Ela cheio dos sanduíches dividiu com a gente. Descemos e fomos pra um outro lugar na praia, praia de pedra deles lá, ai sentamos nas pedras, e a alemã foi pra água, chamou a gente, mas ninguem foi, por mais que a gente tivesse no meio do deserto, naquela ventania acho que tava uns 15graus ali, e ela falando que tava muito calor, eu e a paulista morrendo de frio. kkk E ela mergulhando no mar, como se tivesse no nordeste brasileiro.
O guia foi lá chamou a gente, hora de voltar, me despedi deles, pensei que ficariamos mais tempo, mas rapidim já era hora de voltar, eles estavam na outra van, voltei pra minha, e na volta ia parar pra ver os flamingos na lagoa. Até que cumpriram em falar que tinha uma lagoa com flamingo, mas o lugar tava quase 1km da gente, só dava pra ver uns pontinhos rosa na lagoa.
Na volta, passamos de novo na reta com as indústrias de peixe, e o cheiro de matar.. cruzes!!!
Cheguei era umas 17hrs, fiquei o dia todo passeando, cansado, fui tomar um banho e descançar.
Antes de escurecer, sai pra andar sozinho lá pela cidade pra comer algo, e no caminho um tanto de cachorro tava brigando, perto de mim, olhei pros lados, não tinha pra onde ir, e eu tava bem na porta de um restaurante, bem chique pra cidade deles. Tinha um segurança na porta, e perguntei se tinha comida ali naquele horário ele disse que sim, entrei. Sentei, um lugar bacana. Pedi um prato de frutos do mar. Já não aguentava mais aquele cheiro de peixe, mas era a única coisa que tinha, a culinaria deles é toda baseada em frutos do mar em San Andrés.
Ai veio aquela montanha de comida, pensei comigo, meu Deus, tenho que comer tudo!!
Tinha camarão, peixes, polvo.. umas coisas lá, não tenho costume de comer isso, em Minas não acha dessas coisas. Os peruanos tem o maior cuidado em fazer os pratos, vem todo enfeitado, veio em um prato quadrado, branco, com umas ervas jogadas por cima, tudo arrumadinho, muito chique. Enquanto tava comendo, veio o dono do bar, só tinha eu de fora lá, perguntar se tava gostoso, querer saber o que achei do lugar..
Voltei pro hostel e fui dormir.