San Andres

Impressões gerais: San Andres na verdade não estava nos planos da viagem, iria direto pra Paracas onde era o objetivo. Mas acabei ficando por ali mesmo, San Andres fica uns 15km de Paracas. Então.. San Andres não tem o que fazer, a cidade foi totalmente destruida num terremoto com princípio de tsunami em 2007, e está sendo reconstruida aos poucos. Mas é um vilarejo pacato, sem estrutura, sujo. Mas mostra bem a realidade do interior do país.
Parecia que eu era a atração por onde andava, todos paravam pra olhar, e não é uma cidade turística. Mas deixou boas lembranças..

 

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Lima / San Andres 12/01:
Acordei cedo pra tomar café, aquele café da manhã típico peruano, pão, um suco de mamão ou morango, geléia de morango, mal sabia eu que logo estaria enjoado de comer isso . Na mesa sozinho e ao lado uma família com 4 pessoas sentados e conversando, enquanto meu "desayuno" não ficava pronto, fiquei ali prestando atenção na conversa deles, e vi que eram brasileiros, não sei como puxei assunto com eles e disse que era brasileiro também. Uma família baiana super simpática, que estavam chegando dos EUA e já estavam naquela manhã de saída do Peru. O mais velho sentou pra conversar, querendo saber dessa minha coragem de viajar sozinho pra lá, que ele lembrou de quando ele era da minha idade que começou assim também, ai o filho dele sentou e começou a falar que trabalhava num canal de televisão na Bahia. Enfim, ficamos ali conversando eles acabaram o café e pegaram as malas para irem embora.

Sai umas 9hrs da manhã para ir pra praia, ver o Pacífico de perto, sai e fui pro Larcomar onde eu pensei que tivesse uma escada pra descer aquele barranco todo até chegar a praia, acontece que lá estava fechado pra limpeza da escada e ninguem podia passar, perguntei uma policia como chegar a praia e ele disse que tinha que voltar e descer numa escada ao lado da ponte. Voltei, e no caminho tinha dois vendedores de picolés descutindo na maior altura na calçada, tinha um grupinho lá parado vendo, fiquei um pouco mais longe pra ver no que ia dar aquilo, um deles ficava batendo no peito, gritando pro outro, mas um não encostava no outro, tava muito frio aquela briga, resolvi sair de lá

Dei uma parada no Parque del Amor e cheguei na tal ponte onde tinha a escada, só qu eu tinha que atravessar a rua, e não parava de vir carro dos dois lados da pista, fiquei ali um tempão até conseguir descer um tanto de degrau, que não tinha fim. Eita praia dificil de chegar, no final, tinha uma passarela de madeira sobre a rua e ali uma saída pra praia. O barulho das ondas ali eram violentas, varios surfistas próximo ao Rosa Nautica, alguns me parando se eu queria fazer um breve curso de surfar, fui ali só pra conhecer, nem entrei na água. O sol estava de rachar, e a praia ao invés de areia tinha era pedras, onde o pessoal deitava pra pegar um sol, achei estranho . Hora de voltar, pra descer todo santo ajuda, mas pra subir, foi uma dificuldade enorme, nunca mais que acabava aquela escada, já tava morto de cansaço, uma parte da escada não me cheirava muito bem. Voltei pro hostel, tomei um banho e sai pra almoçar. Fui num restaurante meio afastado de onde estava, peguei um taxi e fui pra lá, era em cima de um supermercado, um lugar popular entre os peruanos. Almocei, peguei outro taxi de volta e fechei as contas no hostel que tinha que sair pra Paracas naquela tarde.

Peguei um taxi com as mochilas, rumo a rodoviária, lá não tem uma rodoviária pra todas as empresas de onibus, cada empresa tem sua própria. O taxista era um cara novo, fui conversando com ele e ele foi o único que conhecia o Cruzeiro, como a rodoviária era distante, Lima foi ficando estranha, feia, tava hospedado na zona nobre, e fui vendo a realidade de Lima, com suas favelas. Fui pela empresa Soyuz, Lima/Pisco custou S/25, e saia às 13:20hrs, fiquei ali esperando até da o horário, o lugar era arrumadinho, bonito. Entrei no ônibus e fui  vendo a paisagem, deserto, deserto, deserto.. tava vendo a hora que ia ter uma miragem ali . No ônibus tinha uma tv, passando um filme mais trash, e Pisco nunca chegava, pensei que era pertinho, toda hora parava numa cidade, ai virava pra um cara que tava sentado na poltrona do outro lado do corredor se ali era Pisco, ele falava que ainda tava longe rsrs. No meio do deserto, o ônibus faz umas paradas pra entrar uma mulher vendendo coisas para lanche, comprei umas coisinhas, bebidas lá são em temperatura ambiente, nada gelado. Uma coisa que reparei que ninguem queria sentar do meu lado, acho que por ser estrangeiro, o onibus tava lotado mas ninguem do meu lado. Chegou, acho que foram umas 4hrs de viagem, sempre reta e mais retas. Desci a cidade não era das melhores, muito pobre, simples, e no terminal aquele monte de taxistas em cima perguntando que precisava de taxi, dei uma olhada e peguei um taxi pro hostel que ficava na cidade de San Andrés, acho que era uns 5km dali. Entrei, e no caminho o taxista parou num posto de gasolina, e disse que era pra pagar ali agora a corrida, mas eu não tava entendendo o que queria, ai ele falando pra pagar a corrida que era de S/6 e eu não tinha trocado e ele não tinha troco, ai não tinha entendido que era pra pagar naquela hora, pra ele trocar o dinheiro. Fiquei ate comedo, pensei comigo, "pronto.. vou ser assaltado agora", ai dei o dinheiro ele foi lá e trocou e voltou, simples assim. Foi dando voltas e mais voltas, até chegar no Hostel Miramar em San Andres, se não me engano paguei S/30, num quarto indivídual, com banheiro e tv.

San Andres, teve um terremoto com princípio de tsunami  em 2007 que destruiu toda cidade. Vendo fotos, ao redor do hostel tinha barcos, lixos em volta, mas já conseguiram reconstruir boa parte da cidade. A cidade não tem nada pra fazer, a atração turistica fica por conta de Paracas, que é uma cidade ao lado onde tem as Islas Ballestas e a Reserva Nacional. Como não ia fazer o passeio naquele dia, fui caminhar pela orla. O hostel era de frente ao mar, fui andando sem rumo, um vilarejo simples, pobre, passei por uma feira, onde se vendem peixes, aquela confusão na feira, dei uma volta ali dentro, um fedor de peixe, várias aves, mas tava engraçado, tudo diferente do que já tinha visto antes. Continuei a andar depois da feira, depois voltei e parei numa padaria. Por onde andava todo mundo olhava, parecia a atração ali rsrs. Voltei pelo centro da cidade, tem uma pracinha arrumadinha, limpinha e fui descançar. Passei o resto do dia ali conversando com a Fany, super simpática. A voz dela era muito engraçado rs. E comprei com ela o passeio pra Islas Ballestas e a Reserva Nacional. Tudo custou S/ 60, eles iriam buscar no outro dia às 7:00hrs da manhã. Subi, fui ver tv, lá tem um programa igual ao Casos de Família daqui, mesmo estilo, maior barraco .

Detalhe que esqueci, pôr do sol em San Andres também tem um visual perfeito.

 

 

 


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