Dia 01
Dia 16 de janeiro:
Dentro do ônibus, rumo a Nazca, escutamos uma conversa entre barsileiros do nosso lado, fizemos amizade com eles, eram mais 3 mineiros que estavam viajando pelo país, fomos conversando com eles dentro do ônibus, e na poltrona de trás escutei mais dois brasileiros, fomos conversar também, e eles eram de Floripa, eles no
s contando que iriam descer em Nazca, só que acabaram dormindo e o ônibus seguia pra Ica(Huacachina) e eles foram acordar quando chegaram em Ica, dai tiveram que voltar no primeiro ônibus, viajaram 4hrs atoa
.
Nessa viagem pra Nazca, cortamos boa parte das Cordilheiras dos Andes, cada penhasco, que dava ate medo de olhar pela janela, paisagem fantástica, ora desertos ora plantações. Uma parte o motorista chamou a gente pra ver uma montanha que formava um rosto, um dos mineiros tirou a foto e ficou de nos enviar, mas acabamos perdendo contato .
Chegamos de tarde em Nazca, os mineiros iam fazer os passeios em 1 dia, e já sair de noite pra Arequipa, nós resolvemos dormir em Nazca uma noite.
Descemos, e fomos procurar alguem que fizesse os passeios com a gente, vários taxistas oferecendo, mas os preços não estavam justos, queriam cobrar 50soles de cada um pra fazer os passeios no Cemitério de Chauchilla e Aquedutos, resolvemos sair da rodoviária e olhar na rua, todo mundo cheio de mochilas, os catarinenses sumiram, ficou eu, Laís, Emilien, 3 mineiros. Na porta da rodoviária, havia umas barraquinhas com umas tcholas vendendo lanches, bebidas, e paramos ali pra comprar algo.
Mal imaginava a gente, que passariamos uma confusão com aquele pessoal...
Um dos mineiros foi comprar 3 Gatorades, só que haviam 2 de uma marca e 1 de outra, ele disse que tudo bem, poderia ser. Ele deu o dinheiro, só que a "Tchola" disse que o preço mudou, um de marca diferente era outro preço, ai ele disse que isso não foi o combinado, ela disse que já havia falado o preço alterado sim. Nisso chegou os outros mineiros, e a gente mas ao lado vendo, ele falou que queria o dinheiro de volta, e a "Tchola" disse que ele não havia entregado dinheiro algum, sendo que já tinha entregue. Com raiva ele acabou saindo, sem um nem outro.
Fomos procurar um taxista que levasse nós 6 dentro de um carro pra fazer os passeios. Enquanto isso do outro lado da rua, a Laís viu um Hostel, o Hostel Alegria, onde ficariamos hospedado, enquanto procuravamos um taxi com preço justo, ela foi lá deixar as mochilas, escolher um quarto, pra nós três.
Achamos um taxista que faria o passeio com a gente durante o dia, por S/15 cada um, pronto, fechamos com ele. Num carro tipo parati, entramos, eu fiquei no banco da frente, confortavelmente, o resto do pessoal amontoados lá trás e um no porta-malas. Cada um no seu lugar, na hora de sair, um dos mineiros da falta da sua mochila de ataque, com documentos, dinheiros, objetos, tudo que ele não poderia perder. Pronto.. sai todo mundo do carro pra tentar descobrir onde ele poderia ter deixado essa mochila, voltamos pra rodoviária, e nada dentro do ônibus, rodamos pela rua, quando um honesto vendendor de picolésn nos avisa, que a mesma "Tchola" que passou o golpe na gente, havia pego a mochila num momento de distração e colocado no meio das pernas, dentro das saias, o rapaz, sem nem pensar, só chegou perto da "tchola" sem nem perguntar nada, levantou as saias dela, enfiou a mão ali e puxou a mochila. Numa felicidade só, voltou lá no cara do picolé, e deu par ele S/10, ele disse que deu S/10 pra mudar a vida dele, assim com ele mudou a dele. Mas 10soles não são nada, disse o mineiro que pra ele é sim, muita coisa.. enfim..
Voltamos pro taxi, e fomos nós rumo ao curioso Cemitério de Chauchilla, com múmias centenárias.. Ficava 30km de distância do centro da cidade, saimos andando deserto a fora, de repente a estrada acabou, e o nosso guia sabia o caminho, e foi acelerando... e a gente ouvindo Leonardo em espanhol, cantando na maior altura, e espremidos. Do nada, começou a aparecer uns cemitérios cheios de cruzinhas pelo caminho, e o guia falando que são de trabalhadores mais pobres, que enterram ali, o cenário tava ficando meio tenebroso, deserto..deserto.. e nada de chegar o cemitério. Até que começa uma tempestade de areia, nunca vi nada parecido, de longe começou
a ficar tudo embaçado , e aquela "nuvem" de areia tava vindo na nossa direção, fechamos as janelas, com 7 pessoas dentro do carro, no meio do deserto, todo mundo assando, mas não tinha como deixar a janela aberta, tava horrível pra ver algo em volta, mas logo deu pra ver melhor, de vimos umas 'tendas' onde seria o cemitério, descemos, tivemos que pagar ali uma entrada, tava ventando muito, estavam todos de bermudas, e a areia batendo nas pernas, chegava a machucar, mas todos alegres, empolgados, por ver tudo diferente da nossa realidade. Começamos a ver as caveiras, é até engraçado, elas tem umas barbichas, roupas, umas peças de cerâmicas da época dos Nazcas, e o guia nos explicando, tinha hora que a gente tinha que parar, porque começava a ventar muito forte, e a areia vinha com tudo pra cima da gente, mas foi
muito divertido, passamos por todas as tendas, vimos todas as múmias, tiramos várias fotos e voltamos pro carro, onde a 60km dali, ficavam os Aquedutos. Voltamos, e toma deserto..deserto.. e chegamos aos
Aquedutos, na entrada umas duas mulheres, que só querem $$$, pagamos s/2 pra entrar ali, assim que passamos por ela, elas sairam.. enfim.. descemos, pra falar verdade não achei muita graça não, só é interessante a função, que foi feito a milenios e é usado até hoje pela população local, os Aquedutos é considerado uma obra mestre de engenharia hidráulica. Mas estava tão cansado que nem conseguia prestar muita atenção.
Voltamos, começava a anoitecer, e os mineiros foram pra rodoviária comprar suas passagens pra Arequipa, nos despedimos deles, e fomos entrar no hostel. Por fora, não imaginava que o hostel fosse tão bom por dentro, muito organizado, limpo, os funcionários super gente boa, fiz amizade com os atendentes, um Sr. gente boa, que fiquei boa parte da noite, ali conversando com eles, eles me chamando de "Allan Garcia" aiai..
Na verdade, o hostel é caro, custa 45dólares, só que pechinchando, conseguimos pegar um quarto triplo, que saiu 25 soles pra cada um, e cada um pegou um triplo sozinho, no meu quarto estava as outras duas camas vazias, ou seja, fiquei em um quarto indivídual por 25 soles.
Tomei um banho, e saimos pra conhecer a cidade de noite, o centro da cidade é até bacana, tem uma praça grande, as ruas são todas enfeitadas com coisas das Linhas de Nazca, cidade charmosa pro clima de românce entre a Laís e o Emillien, fomos nós 3 num restaurante em frente a praça comer algo.
Cada um pediu um prato diferente, e um provando a comida do outro.
Saimos e fomos encontrar com o casal amigo do Emillien, que chegariam em Nazca nessa noite, eles ficaram hospedados em outro hostel.
Voltamos pro nosso hostel, e na porta encontramos os mineiros sentados lá na porta, fomos perguntar que que eles tavam fazendo ali até aquela hora, eles disseram que só conseguiram passagens pra 22hrs. Passamos um tempo ali com eles, e entramos pra descançar, eu estava morto de cansado. E no dia seguinte, fomos conhecer as Linhas de Nazca, pena os mineiros terem ido a Nazca, e não ter visto as famosas linhas.